quarta-feira, 20 de abril de 2011

Da Ilha à Cidade de Santana


Santana, teve início com agrupamento populacional em Ilha de Santana, localizada em frente, à margem esquerda do rio Amazonas, em 1753. Os primeiros habitantes eram moradores portugueses e mestiços vindos do Pará, além de índios tucuju, comandados pelo desbravador português Francisco Portilho de Melo, que evadiu-se para esta região fugindo das autoridades fiscais paraenses em razão do comércio clandestino de escravos e metais.

Em 1956, foram descobertas jazidas de manganês na cidade de Santana e isso fez com que aumentasse a população consideravelmente na região. Posteriormente, foi construída a ferrovia Santana/Serra do Navio, em virtude da grande demanda de manganês explorada na região da Serra do Navio e, para uma melhor escoação do produto, o que também ajudou para que a cidade se tornasse mais populosa. No dia 17 de dezembro de 1987, Santana se tornou um município.

No setor primário predominam a criação de gados bovino, bubalino e suíno, a atividade pesqueira e a extração da madeira, além da venda de produtos tipicamente nortistas (madeira e açaí, que contribuem também para o desenvolvimento econômico de Santana);

No setor secundário, Santana mantém sob o seu domínio o Distrito Industrial de Santana, cujo parque sofre constante ampliação. Entretanto, funcionam as empresas Flórida e Equador, com fábricas: empresa REAMA (que industrializa a coca-cola no Estado) AMCEL(responsável pela plantação de pinus e eucalipto), para exportação, dentre outras.

No setor terciário: comércio (Área de Livre Comércio de Macapá e Santana - ALCMS) e serviços contribuem economicamente. Os funcionários do serviço público são os que recebem as maiores remunerações, movimentando o comércio.

O nome Santana é homenagem a padroeira do lugar, Santa Ana, mãe de Maria Santíssima Atualmente a cidade possui aproximadamente 100.000 habitantes e fica distante da capital Macapá 30 km.
Os principais eventos da cidade são: a festa de Santa Ana, em 27 de julho, o Santana na Roça, no período das festas juninas, o festejo do Divino Espírito Santo em 2 de janeiro e em 29 de junho os festejos em louvor à Mãe de Deus.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Ilha de Santana


Ilha de Santana
Distrito pertencente ao Município de Santana. A história da Ilha de Santana começa no século XVIII. Nesta época, o Marquês de Ferrolles (Governador da Guiana Francesa), por ordem do Cardeal de Richelieu, reclamava ao Rei de Portugal o domínio das Fortificações do Cabo do Norte, próxima à Ilha de Santana, mas precisamente no Igarapé da Fortaleza. Em 1730 em razão da ameaça francesa, o Rei português pede urgência, ao então Governador do Pará, Alexandre de Souza Freire, para obras de fortificação em Ilha de Santana.
            O povoamento da ilha começa muito antes da elevação de Macapá à categoria de vila em 1758. Em março de 1755, o português Francisco Portilho de Mello estabelece-se com um pequeno contingente no local, fundando ali um entreposto comercial. Auxilia-o nos trabalhos, seu sócio Pedro Braga. Ambos, considerados contrabandistas de escravos, mas protegidos pelos jesuítas, conseguem o perdão real e fundam ali o povoado de Ilha de Santana. Em 1835, os cabanos (remanescentes do Pará), se refugiam na ilha, mas são logo expulsos pelas tropas da legalidade, aquarteladas na Fortaleza de S. José de Macapá. Assim, uma pequena fortificação construída ali, serviu de entreposto militar para a referida Fortaleza.

            Igreja e Orfanato
Em 1957 tem inicio a construção de um orfanato, que foi concluído em 1758.  Ao mesmo tempo, se construiu uma pequena igreja e uma casa para hospedar os padres do PIME (Pontifício Instituto das Missões) que passaram a morar lá. Os antigos moradores lembram que as missas eram rezadas em latim e os padres ficavam de costas para o povo.
Gov.Janary Nunes-visita pelo interior
Em 1959 já existia uma escola na vila da Ilha, construída pelo Governador Janary Nunes. O Bispo D. Aristides Piróvano, nas viagens que fazia por lá, começou a incentivar o povo para que fosse construída uma Igreja grande. Um dono de uma serraria famosa, por nome de Peter Cornelis Van Chepengerg, tomou a decisão de construir o templo. Assim surgiu, em 1961, a Igreja de Santana. O navio que trazia a imagem, encomendada por Van Chjepenberg, aporta na ilha e tem início, aí, uma grande procissão marítima no rio, e a imagem é transladada em uma lancha do empresário, de nome “Luzeiro”. A imagem encontra-se até hoje na Igreja da Ilha, e se criou uma tradição de se festejar a padroeira do lugar todos os anos, sempre no dia 26 de julho.
Em dezembro 2002 a Igreja começou a ser construída em alvenaria, sob o comando de um padre do PIME. Após a conclusão, começou a tradição dos arraiais, cujo lucro das vendas eram repassados ao padre residente, que reinaugurou o templo no dia 26 de julho de 2004.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

APRESENTAÇÃO


Apresentarei neste blog  informações referentes ao Estado do Amapá, bem como pesquisas e textos elaborados com objetivo de regionalizar nossa história local, espero que estas informações inriquesa suas pesquisas.
 
AS VILAS NA REGIÃO DO AMAPÁ
Com a expulsão dos jesuítas em 1757, termina a epopéia das missões. Os aldeamentos, antes orientados pelos religiosos, são elevados à categoria de vilas e suas igrejas tornam-se sedes de paróquia. Com a supressão das missões, faltou também a assistência contínua do missionário e sua vigilância sobre as coisas da religião. Enfraqueceu a fé que, influenciada por crendices índias e africanas, desembocou nos atuais cultos afro-brasileiros. Das dezenas de missões fundadas por franciscanos e jesuítas em terras amapaenses, poucas conseguiram sobreviver por algum tempo: Santana do Cajari, Bailique, Arrayolos, Santo Inácio do Matapi... e nenhuma chegou aos nossos dias atuais.
Quanto às missões fundadas na área de predominância francesa, chegaram até nós Cunani, Vila Velha do Cassiporé e Curipi. Contudo, é inegável que se inicia nessa época um verdadeiro desenvolvimento do Amapá, uma vez que Portugal, não tendo conseguido povoar com aldeamentos índios sua região fronteiriça, trouxe para Macapá famílias açorianas e africanas para Mazagão. Surgem, então, as vilas de São José de Macapá (1758), Vistosa da Madre de Deus do Anauerapucu (Vila Nova, 1756), Mazagão do Mutuacá (Mazagão Velho, 1771), e a Colônia Militar Pedro II, no Rio Araguari (1840).

OS MUNICÍPIOS DO AMAPÁ
O Estado do Amapá possui, atualmente, 16 municípios. Na época em que foi criado (1943), eram apenas três (Macapá, Mazagão e Amapá). O quarto (Oiapoque) surgiu em 1945, e o quinto (Calçoene) em 1956. Em 1987 a Lei Federal nº 7.639 criou mais quatro: Ferreira Gomes, Laranjal do Jarí, Santana e Tartarugalzinho. Em 1992 foi a vez de Amapari (Lei nº 8), Cutias do Araguari (Lei nº 6), Itaubal (Lei nº 5), Porto Grande (Lei nº 3), Pracuúba (Lei nº 4) e Serra do Navio. Em 1994, pela Lei nº 171, surge o 16º município, com o nome de Vitória do Jarí.